Fala-se de ruído na comunicação quando existe qualquer factor externo à fonte emissora e receptora que prejudique a compreensão de uma mensagem.
A perda da audição é o efeito mais frequentemente associado a qualquer som, seja ele ruidoso ou não, musical ou não, que possua níveis elevados de pressão sonora, ou seja, que ultrapasse os limites de tolerância cientificamente já estabelecidos para o ouvido humano, para a maioria das pessoas.
Características
- Não deixam resíduos.
- É um dos contaminantes que requerem menor quantidade de energia para ser produzidos.
- Têm um raio de acção pequeno .
- Não são transportados através de fontes naturais, como por exemplo, o ar contaminado levado pelo vento, ou um resíduo líquido quando é transportado por um rio por grandes distâncias.
- São percebidos somente por um sentido: a audição. Isto faz com que muitas pessoas subestimem seu efeito.
- Não se acumulam.
- Redução do ruído e outros sons poluentes na fonte emissora.
- Redução do período de exposição (principalmente para pessoas expostas continuamente a processos que geram muito ruído), quando não for possível a neutralização do risco pelo uso de protecção adequada.
- Uso de protecção nos ouvidos adequada ao risco auditivo.
- Em festas colocar o som com volume adequado ao "Ambiente", evitando-se o volume alto. Não sendo possível, não permanecer por tempo prolongado em ambientes onde se tenha que gritar para ser ouvido pelo interlocutor à distância de um metro.
- Redução da capacidade auditiva
- Perturbação do sono (insónias)
- Interferência com a comunicação
- Interferência com a concentração e aprendizagem
- Efeitos fisiológicos como hipertensão.
- Stress
- Depressão
- Perda de memória
- Dores de Cabeça
- Aumento da pressão arterial
- Cansaço
- Gastrite e úlcera
- Baixa de rendimento escolar e no trabalho
- Surdez (em casos de exposição à níveis altíssimos de ruído)
Cada um destes danos está associado a uma série de factores, como o tipo de ruído (se é grave ou agudo, por exemplo), a sua intensidade, o tempo de exposição e as características da pessoa sujeita ao ruído.
O Mundo representado actualmente
Impactos na Natureza
O ruído em excesso pode interferir nos ciclos de vida de muitas espécies de animais, incluindo os comportamentos de alimentação, reprodução e migração.
Muitas espécies de animais dependem da audição para caçar, para se protegerem de predadores e para comunicar. A redução da eficiência destas actividades sente-se ao nível da produtividade e de um elevado número de parâmetros fisiológicos.
Um dos grupos mais dramaticamente afectados é o dos mamíferos marinhos. Neste grupo a comunicação acústica é muito importante, sendo o ouvido de muitas espécies muito sensível. O ruído causado pelos navios, que é transportado a grandes distâncias (o som propaga-se mais rapidamente e a maior distância na água do que no ar), interfere de forma significativa na comunicação destas espécies, fazendo, por exemplo, com que os seres de sexos diferentes não se consigam encontrar, o que tem consequências desastrosas para a sua reprodução e consequentemente para a sobrevivência da espécie. Pensa-se que a causa de muitas baleias “encalharem” nas praias tenha a ver com desorientação causada pela poluição sonora.
O que fazer para reduzir esta fonte de poluição
Transporte rodoviário
O transporte rodoviário é a principal fonte de poluição sonora. Existe uma grande variedade de soluções para reduzir o seu impacto:
- Redução do recurso a veículo próprio. Andar mais a pé, de bicicleta ou transportes públicos.
- Restringir o uso de motos de todo terreno, e impedi-lo em zonas ecologicamente sensíveis e perto de habitações.
- Melhorar o ordenamento do território, de modo a que a intensidade de tráfego possa ser mais facilmente reduzida.
- Alteração do material que compõe a superfície das estradas por um que reduza o atrito e o ruído produzido.
- Construir barreiras sonoras em torno de vias muito movimentadas.
Transporte aéreo
O transporte aéreo é também uma grande fonte de poluição sonora. Eis algumas medidas que devem ser tomadas:
- Produção de aviões mais silenciosos.
- Evitar que as rotas aéreas sobrevoem zonas habitacionais, em especial nas fases de aterragem e levantamento. Se tiverem que sobrevoar estas zonas, evitar que o façam durante o período nocturno.
- Não construir aeroportos perto de zonas habitacionais ou de zonas ecologicamente sensíveis.
A exposição de trabalhadores ao ruído industrial é uma das grandes causas de problemas de saúde associados à poluição sonora. Algumas medidas devem ser realizadas para minimizar os seus efeitos:
- Melhorar a performance de equipamentos industriais, para que sejam mais silenciosos.
- Os trabalhadores devem usar equipamento protector quando trabalham sujeitos a valores de ruído considerados perigosos.
- Construção de barreiras isoladoras do som.
- Melhorar o ordenamento do território, de modo a que as zonas industriais não sejam edificadas na proximidade de zonas habitacionais.
- Evitar ouvir música com o som muito alto.
- Melhorar as construções de forma a aumentar o isolamento sonoro.
- Utilizar vidros duplos nas janelas.
- Melhorar a performance de aparelhos domésticos (ex: máquinas de lavar, arcas frigoríficas, aspiradores) para que sejam mais silenciosos.
3 comentários:
Não sabia que existia este tipo de poluição, a sonora, falam tanto das outras mas estas que não se vêm pelos vistos também são muito perigosas..
Continuem o Bom trabalho.
Este tipo de poluição afecta e gravemente os humanos pelas mais diversas formas (explicação no post).
É um problema a ter em conta, visto que as doenças a que estamos mais sujeitos actualmente são as psicológicas.
Obrigado pelo comentário e esperamos continuar a corresponder às expectativas.
É pena que a lei do ruido seja tabua rasa para os municipios que arquivam as contraordenações levantadas pela policia que já não leva ao cidadão que se queixa a sério pois vê o seu trabalho ir por água abaixo, com o arquivamento.
Isto porque se deveria ter dado dignidade penal à legislação que regula (ou deveria regular os efeitos do ruido)em vêz de se dar dignidade contra-ordenacional. Porque os pequenos poderes provincianos mexen-se bem nos meandros das trocas de favores.
Ainda estamos aquém da UE evoluida que pretendemos ser.
Cristina Teixeira
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